
Não Violência
Mestre: No lago há algumas flores de lótus que ficam acima d'agua, e, apesar de suas raízes serem seu alimento, não são tocadas por elas. Algumas outras crescem só até o nível d'agua, e outras ainda estão debaixo d'agua.
Discípulo: Tenho que procurar medir essa diferença mestre, e devo tratar cada uma diferente, de acordo com seu tamanho?
Mestre: Examine a flor. Não é a flor em cada estágio já uma flor?
Discípulo: Devo então tratar os homens da mesma maneira?
Mestre: Tanto quanto possível, se renuncias, esteja sempre bem com todos.
Discípulo: Mas a flor que cresce debaixo d'agua não conhece a luz do sol, e outros homens não me conhecendo terão dificuldades em me entender.
Mestre: Aceita a maneira dos outros. Respeita primeiro a sua própria.
Discípulo: Como posso seguir uma trilha de paz, quando o mundo é tão pouco pacífico?
Mestre: Paz não se encontra no mundo Gafanhoto, mas no homem que segue seu caminho.
Discípulo: Mas no meu caminho pode ter homens sem paz !
Mestre: Então procure um caminho diferente.
Discípulo: E se a cada passo surgirem aqueles violentos e que não amam a paz?
Mestre: Para atingir a perfeição, o homem tem também que desenvolver compaixão e sabedoria.
Discípulo: Mas mestre, como posso não brigar com o homem que queira brigar comigo?
Mestre: No coração que está ligado à natureza, embora o corpo lute, não há violência; e no coração que não está ligado à natureza, embora o corpo esteja descansado, há sempre violência. Seja por isso, como a proa de um barco. Ela corta a água, mas deixa atrás de si a água intacta.
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